Hoje eu vou contar como me tornei arquiteto de soluções. Não é um guia definitivo, mas se você está pensando em seguir essa carreira, pode pegar algumas dicas aqui. E claro, vou falar dos altos e baixos, porque, como toda profissão, não é só glamour.
Eu comecei como desenvolvedor de software, enfrentando de tudo um pouco. Trabalhei com sistemas legados (aquelas maravilhas de 30 anos atrás) e também com projetos fresquinhos, saindo do forno com as tecnologias da moda. E, como trabalhava em uma empresa menor, tive que ser o famoso "programador Severino". Sim, aquele do Zorra Total que faz de tudo um pouco: front-end, back-end, banco de dados, e até aplicativos móveis! Foi nesse momento que percebi que o arquiteto de soluções precisa, antes de tudo, ser uma espécie de "pau pra toda obra".
Consegui essa vivência em uma empresa pequena, mas se você não tem essa chance, sem problemas! Dá pra tirar uma ideia do papel e construir um projeto do zero, ou até pegar uns freelas que te desafiem a pensar em todo o processo de desenvolvimento. O importante é aprender a fazer acontecer.
Essa mistura de experiências me ajudou a construir uma base sólida. E foi aí que decidi me especializar no back-end, porque, convenhamos, é ali que a mágica acontece. Como arquiteto de soluções, você precisa dominar escalabilidade, resiliência e segurança. Parece chique, mas, no fim das contas, é só garantir que o sistema não quebre com qualquer ventinho (ou tsunami).
Eu estava firme no back-end, mas chegou um momento em que codar começou a ficar... digamos, monótono. Não aguentava mais o "copiar e colar" de sempre, mesmo tentando deixar o código mais bonito que obra de arte com design patterns e afins. O que me animava mesmo era pensar em arquiteturas novas, criar soluções diferentes e, claro, brincar com as tecnologias mais novas do mercado. Foi aí que pensei: "Por que não me tornar arquiteto?"
E assim foi. Como eu já tinha mexido em várias áreas do desenvolvimento e tinha um pé firme no back-end, a transição para arquiteto foi até suave. Mas, olha, não vou mentir: eu me destacava não porque sabia de tudo, mas porque conseguia ver o todo. E é isso que um arquiteto faz: conecta os pontos entre as tecnologias e os problemas que precisam ser resolvidos.
Agora, deixa eu te contar um segredo: ser arquiteto de soluções não é só sentar na cadeira, desenhar um diagrama bonitinho e ir embora. A responsabilidade é pesada. Se você desenha uma solução furada, os problemas só aparecem na hora que o time começa a implementar – ou pior, quando o sistema está em produção! Aí, meu amigo, é retrabalho, custo extra e muita dor de cabeça. Já ouviu aquela frase "o que não pode dar errado, vai dar errado"? Pois é.
Além disso, como arquiteto, você precisa estar sempre por dentro das novidades. Sabe aquele desenvolvedor que consegue se esconder no "arroz com feijão" por anos? Isso não rola aqui. Se você não se atualiza, acaba propondo soluções que já nascem velhas. E ninguém quer ser o cara que constrói um castelo medieval no meio de uma cidade futurista, né? Então, é bom gostar de aprender e ficar ligado nas novas tendências o tempo todo.
Ser arquiteto de soluções é um trabalho que te permite criar, inovar e, acima de tudo, aprender todos os dias. A parte legal é que você está sempre resolvendo problemas novos e tirando ideias do papel. O lado menos glamouroso é a responsabilidade que vem junto e a necessidade constante de se atualizar.
Essa é minha história de como me tornei arquiteto, com suas doses de suor, café e linhas de código. Se você está pensando em seguir esse caminho, esteja pronto para os desafios – mas também para as recompensas que vêm com eles.